alter do chão

A ILHÉUS de Jorge Amado

 Foi Jorge Amado que nos levou a Ilhéus


Ilhéus foi fundada em 1536, com o nome de Vila de São Jorge dos Ilhéos, conhecida também como "IOS", grafia antiga do nome da cidade e sigla usada até hoje nos bilhetes de transporte aéreo. 
Muito lembrada pelas fazendas de cacau e principalmente por Jorge Amado, um de seus mais ilustres moradores, uma referência que dá nome a muitos pontos de visitação no centro histórico. 

Aeroporto de Ilhéus


Rio Cachoeira





O centro histórico é pequeno, dá para ser visitado numa caminhada. 

A Catedral São Sebastião fica no centro da cidade, com altas torres e enorme cúpula, chamam atenção.  



Escultura de bronze de Jorge Amado e Catedral São Sebastião

Bar Vesúvio 

Bar Vesúvio é um dos mais antigos estabelecimentos comerciais da cidade. 
Ficou bastante conhecido através do personagem Nacib, proprietário do bar Vesúvio, na obra Gabriela, Cravo e Canela do escritor Jorge Amado. 




O bar e restaurante Vesúvio é um local super agradável e presta um excelente atendimento. 
Parada obrigatória.  
Um brinde a Ilhéus, que conta muito sobre nosso país



Mirante do Canhão 




Casa de Jorge Amado

A casa onde o escritor morou com a família fica próxima ao Bar Vesúvio, e tornou-se a Casa de Cultura Jorge Amado. O palacete foi construído depois que o pai de Jorge ganhou na loteria. Inaugurada em 1926, a casa conserva alguns de seus itens originais, como o piso e as “cortinas de madeira”.







Sala dos orixás: uma linda coleção de estátuas de orixás.

Os orixás sempre ganharam vida nas obras de Jorge Amado

Se Jorge Amado vivesse para ver o Brasil de hoje, talvez implorasse aos orixás para erguerem suas armas em favor do povo...  
https://cartacapital.com.br/blogs/dialogos-da-fe/o-brasil-e-a-bahia-de-jorge-amado-vivem-em-nos/


O vidro colorido da janela também é original. 

Os azulejos trabalhados com relevo que enfeitam a entrada da casa são todos da época.

Piso original



No acervo estão os livros do autor, camisas e móveis doados pela família.






Na década de 1920, Ilhéus fervilhava de dinheiro, luxo e riqueza. Neste período foi construído o Ilhéus Hotel, o primeiro edifício no interior do Nordeste com elevador, uma obra ainda hoje imponente. 

Ilhéus Hotel



Fazenda Yrerê

Yrerê, é uma fazenda produtiva, guardiã da cabruca, ou seja, cabruca é um sistema de cultivo de cacau em sistema de agrofloresta, na qual as árvores nativas são utilizadas para fazer sombra aos cacaueiros. 

O tur começa com algumas explicações do proprietário e após um funcionário da fazenda nos guia por um caminho pela mata que nos leva até os pés de cacau. 
Pelo percurso encontramos pés de cacau com diversos estágio de desenvolvimento e outras árvores nativas. 

As fazendas históricas de cacau fizeram a fortuna da cidade nos tempos áureos. Ilhéus já foi o primeiro produtor de cacau do mundo, mas depois da praga conhecida como vassoura de bruxa, que infestou as plantações, sua produção reduziu consideravelmente. 




Com a transformação da cena cacaueira em Ilhéus, os fazendeiros decidiram abrir suas porteiras para visitantes interessados em saber como é produzido o ingrediente principal da iguaria mais desejada do mundo. 


Casa da fazenda 

Cacau 



Momento de provar o cacau




Cacau saudável

A vassoura-de-bruxa impactou fortemente a produção. Atualmente, mesmo com avanços científicos e estudos pelas universidades públicas, a doença ainda compromete as plantações, sendo o maior problema enfrentado pelas fazendas. Pesquisas genéticas conseguiram criar mudas mais resistentes, mas ainda não imunes à doença.


Cacau atacado pela vassoura-de-bruxa

O segundo ponto do passeio é nas barcaças, onde as sementes de cacau, depois de passarem por um processo de fermentação,  secam ao sol.


Os produtores fabricam seu próprio chocolate, a partir da fabricação de cacau fino e de "origem", com sabor e aroma especial e com alto teor de cacau.

Degustação de chocolates produzidos pela fazenda e suco de cacau

Suco de cacau, amêndoas torradas e nibs (pedacinhos esmagados das amêndoas) podem ser experimentados, assim como chocolatinhos produzidos na Yrerê.


Apesar da decadência dos coronéis, causada pela vassoura de bruxa, alguns agricultores ainda se dedicam a produção de cacau. Gradativamente a atividade econômica da cidade deixou de basear-se exclusivamente a agricultura, despertando sua vocação  para o turismo, lazer e serviços. 



Bataclan 

Hoje espaço cultural, café e restaurante. 
Na época dos coronéis do cacau, o Bataclan era um cabaré de propriedade de Maria Machadão e foi inspiração para os livros de Jorge Amado. 
.

Palco para apresentações




Na parte superior o quarto de Maria Machadão, a dona do Bataclan, também escrita por Jorge Amado. 



Palácio Paranaguá

Conforme o romancista e historiador Francisco Borges de Barros, o prédio do Paço Municipal foi construído no período de 1898 a 1907, em pleno florescimento da economia cacaueira. “Foi um dos edifícios públicos do Estado mais luxuosos e melhor decorados e mobiliados à época".


Palácio Paranaguá

No mesmo prédio, no segundo andar fica o Museu da Capitania de Ilhéus. Conta a história da região e do ciclo do cacau. Encontramos o "contador de histórias" José Delmo, que nos conta de uma maneira muito interessante a história do ciclo do cacau, a vida e obras de Jorge Amado.


José Delmo, artista, poeta e contador de histórias 


Vigília

Se não vigiarmos a vida
Eles escreverão a história
E o futuro poderá neles acreditar
Ainda bem que existe o artista
Que canta o povo:
Suas dores e suas alegrias
Seus temores e sua fé.
José Delmo

José Delmo incorpora um dos seus personagens, o Contador de Histórias Grapiúnas. Milhares de pessoas da região, do Brasil e turistas de várias partes do mundo já  ouviram contar suas histórias, das coisas grapiúnas.




Sala das Artes

Mantém peças históricas do tempo 
áureo do açúcar e do cacau. 

Das Capitanias hereditárias a concessão das Sesmarias


O Palácio Paranaguá é um dos mais belos edifícios públicos,  abriga até hoje a Prefeitura e a sede da Associação Comercial de Ilhéus. 




Ilhéus abrigou uma população indígena de cultura Tupi relativamente densa. Os resultados no transcorrer histórico e o processo contínuo de miscigenação expressam tradições e identidades fortemente marcados pela cultura indígena (rostos, linguagem, artes, culinária), caracterizando a sociedade de Ilhéus. (Museu da Capitania de Ilhéus) 


Igrejas e Catedrais


Catedral de São Sebastião, estilo neoclássico.
Imponente e dominante em toda paisagem do centro histórico

Igreja e Convento Nossa Senhora da Piedade, arquitetura neogótica.
Representou muito na história da educação, numa época que estudar não era obrigatório e mulher não precisava ir à escola e não tinha direito ao voto.


Igreja Nossa Senhora das Vitórias

O Teatro Municipal, considerado na época um dos mais bem aparelhados do interior do Nordeste. 



Mercado de Artesanato

Lugar agradável para compras de artesanato, roupas de algodão, artigos de couro, doces, pinturas, licores, chocolates, cacau, tapeçaria, esculturas de barro e muitas lembrancinhas para presente. 

Praia dos Milionários



Tem esse nome por ter recebido construções grandiosas dos barões do cacau. 



Fechamos nosso roteiro no Bar Vesúvio, experimentando o melhor dos drinques feitos com cacau e mel de cacau. 



No outro dia seguimos a viagem pela Costa do Cacau, até  o litoral de  ITACARÉ, lugar onde muitos escolhem para dar a reviravolta na vida e nunca mais sair. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário