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Machu Picchu, Ollantaytambo, Pisac

  


Machu Picchu sempre esteve na minha lista de viagens. Afinal quem não tem vontade de conhecer um dos lugares mais místicos e uma das paisagens mais incríveis do mundo?

Sempre achava que a logística para chegar lá seria muito complicada e ia deixando esse destino no fim da lista. Um dia aconteceu, assim meio que de repente, e quase sem planejar.

Foi quando uma viagem para Europa foi cancelada, assim resolvemos embarcar para o Peru, eu e Izabel.

Devido o curto período para organizar, decidimos pegar pacote com uma agência.  O embarque seria em menos de 40 dias.

E tudo deu certo! 


Saimos de Porto Alegre, conexão em Lima e após Cusco. Desembarcamos no aeroporto de Cusco e o transfer por terra nos levou até Urubamba, cidade próxima a Machu Picchu.  

Machu Picchu é uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno e um dos centros energéticos do Vale Sagrado dos Incas.

Considerada um símbolo da arquitetura monumental do Império Inka, foi construída após 1438 durante o reino imperial do Inka Pachacuteq.
A cidade era dividida por setor urbano e agrícola. Havia os templos religiosos, o templo da lua, do sol, das estrelas, do condor e a praça sagrada. 

Em Machu Picchu moravam pessoas importantes como sacerdotes, sacerdotisas, médicos, astrônomos, cientistas, arquitetos, engenheiros. 
Sua população era de 700 a 800 Incas. Quando aumentava,  novas cidades eram formadas. Nenhuma podia passar de 800 habitantes.

Funcionou como Centro Administrativo de Produção de Coca. As folhas são ricas em nutrientes como cálcio e ferro. Era também utilizada na medicina como anestésico. Hoje é consumida através de chás, na produção de cosméticos, na culinária, combinações e sabor aos chocolates. 

A tradição milenar da medicina inca é mascar folhas secas para  evita o mal de altitude, o "soroche".



Inka Pachacuteq
Machu Picchu Pueblo ou Águas Calientes é a cidade que dá entrada para Machu Picchu





Uma curiosidade: a montanha que aparece atrás da cidade inca é a Huayna Picchu, conhecida como Montanha Jovem.


Essa é a Machu Picchu, conhecida como Montanha Velha na língua Inca. Nunca  aparece na foto clássica de Machu Picchu.

Ambas as montanhas são bastante altas, mas com características totalmente diferentes. Huayna Picchu atinge 2.693 metros, consiste em uma subida quase vertical com trilhas muito mais extremas e estreitas. Por outro lado, a montanha de Machu Picchu atinge 3.082 metros, quase 650 metros acima da cidadela.


Do alto, Machu Picchu parece um castelo repleto de pequenas passagens e labirintos, uma perfeição incrível com áreas agrícolas (centenas de degraus eram usados para o cultivo de alimentos) e áreas urbanas bem divididas.




Porta  principal que dá entrada a Machu Picchu















O Vale do Rio Urubamba: uma área sagrada para os incas porque incluía um extenso território muito produtivo para a agricultura, que para sua cultura tinha uma forte ligação com os deuses. 



Praça Sagrada





A Rocha Sagrada é um dos principais monólitos de Machu Picchu. Está a poucos passos do portão de entrada da montanha Huayna Picchu. Como o próprio nome indica, é uma enorme rocha esculpida pelos Incas seguindo o formato de uma montanha. Tem base de três metros e altura de até 7 metros. Na sua base existe uma plataforma onde eram colocadas diversas oferendas durante as cerimônias incas.

Rocha Sagrada






Os espelhos d’água ou sala de espelhos são uma das construções mais famosas de Machu Picchu. Feitos de pedra, esculpida no chão. Quando cheio de água, projeta o reflexo do céu. Era através desses espelhos que os Incas criaram o Calendário Inca, muito parecido com o nosso calendário Gregoriano.  Também sabiam através dos espelhos, devido a movimentação das estrelas, quando iniciava cada estação do ano. 









Além da impressionante beleza natural é difícil imaginar como uma civilização conseguiu erguer a cidade em uma época que não existia cimento, argamassa - apenas encaixe de pedras do rio Urubamba trazidas montanha acima. 


O mistério, a beleza e a grandiosidade do local faz surgir uma energia diferente em cada pessoa. É praticamente impossível ficar indiferente a Machu Picchu. 




O nome legal de Águas Calientes é Machu Picchu Pueblo. Porta de entrada para o sítio arqueológico de Machu Picchu. O nome do rio que cruza a cidade é Urubamba. 





Em muitas igrejas do Valle Sagrado dos Incas a imagem de Jesus na cruz é de um homem negro. Em todas as igrejas do Peru, independente da cor, Jesus usa saia.







Um dos trens que sai de Ollantaytambo e leva até Machu Picchu Pueblo é da empresa PeruRail 




Paisagens vistas da janela do trem, entre Ollantaytambo e Machu Pichu Pueblo.











Ollantaytambo (Vale Sagrado dos Incas) e Águas Calientes na província de Urubamba, é passagem obrigatória para quem vai a Machu Picchu. Duas pequenas cidades cheias de encanto e mistério.

Em 1537, ao tentar dominar Ollantaytambo, Francisco Pizarro foi surpreendido e precisou bater em retirada após ser derrotado pelas forças de resistência do imperador inca Manco Inca Yupanqui. Uma das cidades mais interessantes do Vale Sagrado, Ollantaytambo continua surpreendendo seus visitantes até hoje.

Localizada entre Cusco e Machu Picchu, Ollantaytambo é uma parada obrigatória para quem quer conhecer a tradicional cultura inca.

Dominada por uma fortaleza construída nas montanhas, depois de centenas de anos a cidade ainda oferece aos viajantes uma oportunidade única para conhecer mais de perto a extraordinária história do Peru.

Ao contrário de Machu Picchu, Ollantaytambo nunca foi abandonada. Hoje é possível caminhar por suas ruas e apreciar a genialidade dos incas, preservada em seus canais de irrigação, construções antigas, fontes e terraços agrícolas.

Ollantaytambo foi a última cidade Inca a resistir à invasão dos espanhóis. Preserva seu antigo desenho urbano inca, ruas estreitas de pedra e casas com estrutura originais também de pedra. Possui uma série de canais de água e sistemas de irrigação que demonstram o conhecimento avançado dos incas em engenharia hidráulica. Esses canais funcionam e são usados até hoje pelos agricultores locais. É uma cidade pequena, porém de uma importância histórica e cultural muito grande.






Ollantaytambo é uma destas joias que parecem ter congelado no tempo, onde a história se conta sozinha enquanto você passeia pelas ruas da cidade.



Há um constante ruído de riacho produzido pelos canais de seu complexo sistema de distribuição de água, composto por canais permanentes de irrigação que tem sido mantido até os dias de hoje.

Cholita





Um exemplo vivo da arquitetura Inca. Muitas construções mais modernas foram erguidas pelos conquistadores espanhóis sobre as fundações incas, criando uma mistura arquitetônica interessante.













Policultura em Ollantaytambo





O Vale Sagrado dos Incas é uma região com diversos sítios arqueológicos. Além de Machu Picchu, Ollantaytambo. 
As construções incas eram feitas em montanhas íngremes pelo imperador Pachacutec, no século XV.

Em Ollantaytambo muitas das pedras esculpidas tinham propósitos astronômicos. 
O templo do sol fica na parte mais alta da fortaleza e foi construído com 6 rochas monolíticas de granito rosa. Porém só há granito rosa a 4km de Ollantaytambo. Como conseguiram transportar mais de 80 toneladas?
São mistérios que envolvem a construção do sítio arqueológico.
A montanha era referência para observar a posição do sol e saberem sobre o tempo, quando iniciava o solstício e o equinócio. 
O Complexo Arqueológico de Ollantaytambo é composto por uma série de terraços agrícolas, templos, praças e canais de água.
Os terraços escalonados eram utilizados para agricultura, permitindo o cultivo de uma grande variedade de produtos em terrenos montanhosos. 



Complexo Arqueológico de Ollantaytambo


                 A cidade Ollantaytambo 
         








No templo do sol podemos perceber, esculpido na pedra, o perfil de dois pumas. 




No alto da montanha, se olhar bem, dá para imaginar o perfil de uma cabeça de índio, com cocar. 











Na parte baixa, a Fortaleza de Culto a Água.






Entre Urubamba e Ollantaytambo uma forma inusitada de hospedagem, para quem gosta de dormir nas alturas dentro de cápsulas e com "disponibilidade" de pagar mais de 5.000 a diária. 



A subida é feita por rapel, para os preparados fisicamente. Outra forma mais fácil é chegar até o topo da montanha de carro, sempre guiados por responsáveis, depois os hóspedes acessam  as cápsulas por escadas. 




Pisac, a 3.400m acima do nível do mar,  outro sítio arqueológico no Vale Sagrado dos Incas.
Suas estruturas originais estão em bom estado de conservação.
Pisac está dividido em dois setores: setor agrícola, com diversos terraços que serviam para "criar" plantas, e o setor urbano.
*Os incas não usavam a expressão plantar e sim criar plantas.








As tumbas, o cemitério de Tantanamarka, com mais de 10 mil sepulturas. Os corpos das pessoas eram depositados em covas.



Cusco e o vale do Rio Urubamba foram escolhidos pelos incas pra construção da capital e também pra construções que visavam pesquisar e testar sistemas agrícolas, hidráulicos e astronômicos. Essas construções do Vale Sagrado mostram como era avançada a engenharia e arquitetura dos incas e conta muito da história dessa civilização originária.



Urubamba

Ficamos hospedados em Urubamba, e dalí fazíamos o bate e volta a Machu Picchu, Ollantaytambo e Pisac.  Para quem vai a Machu Picchu recomendo a hospedagem em Ollantaytambo. Em Urubamba ninguém indicou local histórico para visitação. 


Música que encanta!





A Laguna de Huaypo fica no caminho entre Cusco e Urubamba. Vale a pena uma parada para conhecer. 




Montanhas de Urubamba




Cidade de Urubamba

Cordilheira dos Andes, vista da janela do avião


As cholitas ou Cholas são mulheres indígenas das tribos Aymara e Quéchua. São mulheres que usam roupas tradicionais peruanas. Um dos ofícios é tecer roupas de lã de alpaca e lhama. Também usam corantes naturais para tingir as lãs. 







As cholitas são reconhecidas por seus vestidos coloridos, xales e seus chapéus icônicos.





Tingimento das lãs com produtos naturais




No vídeo, uma demostração de como é feito o tingimento das lãs.


Ser Cholita significa força, resiliência e uma profunda conexão com as tradições e valores indígenas.  

Lãs tingidas de forma artesanal. 

Tem destinos que julgo serem especiais e que por isso merecem uma visita. Machu Picchu é um deles e para minha surpresa Ollantaytambo é também uma dessas joias raras, uma preciosidade pouco comentada, mas que não pode deixar de ser visitada. 


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