Feriadão de novembro, nada melhor que um destino próximo ao Rio Grande do Sul para aproveitar em poucos dias, além de poder ir e voltar com folga no horário.
O destino: Urubici em Santa Catarina.
Eu e Alencar fomos em busca de belas paisagens, boa comida e ambientes aconchegantes.
Em Urubici ficamos na pousada Kiriri-etê e o diferencial dessa pousada é a beleza no entorno com vista da Serra do Panelão e contato direto com a natureza. Fica a dica para quem quiser uma ótima opção de hospedagem em Urubici e um atendimento impecável.
Vista da Serra do Panelão
No primeiro dia fizemos um citytour.
O primeiro ponto visitado foi o alto do Morro da Igreja, que pertence ao Parque Nacional de São Joaquim, localizado na divisa entre os municípios catarinenses de Bom Jardim da Serra, Orleans e Urubici.
Para entrar precisa da emissão da AUTORIZAÇÃO, na sede do ICMBio, na cidade de Urubici.
O morro sedia uma base de aeronáutica que controla o espaço aéreo de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, também a primeira Estação de Radar Meteorológico.
É o ponto habitado mais alto do
sul do Brasil. Ali foi registrada a temperatura oficial mais fria do
país - 17,8 graus negativos, em 1996.
Em todos
os invernos há, invariavelmente, ocorrência de neve. É um passeio
imperdível e de fácil acesso quando o tempo está bom - a subida do
morro, cujo topo está a 1.822 metros de altura, é asfaltada.
Do alto
tem-se uma visão privilegiada da Pedra Furada, interessante formação que
se assemelha a uma grande janela natural. No Morro da Igreja, mesmo no verão, as baixas temperaturas são comuns e se o tempo ajudar, dá para visualizar toda a paisagem.
Morro da Igreja, com vista para a Pedra Furada é o ponto obrigatório de parada para quem vai a Urubici - SC
Emaranhado de escarpas |
Os índios deram o nome Morro da Igreja devido essa parte do relevo, em forma de trapézio, que para eles lembrava o formato de uma igreja. |
O Parque Nacional de São Joaquim está inserido no bioma Mata Atlântica. Nesse parque nasce o Rio Pelotas.
Há um limite de carros que podem subir no topo do Morro. O controle de acesso na subida é feita pela Aeronáutica. Não há cobrança de taxa.
Entrada não permitida na Base da Aeronáutica.
Informações importante sobre o lugar |
Radar que controla o espaço aéreo |
Estação de Radar Meteorológico |
Na descida do Morro da Igreja, visitamos a cascata véu de noiva. Fica em uma propriedade particular, que cobra R$5 por pessoa
pelo acesso. A partir do estacionamento são cerca de 200 metros em uma
leve descida pavimentada, o local é bem cuidado, há um restaurante e chalés para hospedar turistas.
Nesse dia o véu da noiva estava pobre (com pouca água) |
Ainda na descida do Morro da Igreja, mais uma surpresa: o Vale dos Sonhos. Um cantinho mágico e acolhedor.
Vale do Sonhos: um bistrô vegetariano |
Gatinhos relaxam no Vale dos Sonhos |
A sala do pequeno restaurante |
Retornando em direção ao centro de Urubici, conhecemos a Gruta N. Sra. de Lourdes. É uma gruta de
formação natural, onde se encontra dois altares como se fosse de dois
andares, cercada por paredões, na qual desde 1944 existe a imagem de N.
Sra. de Lourdes. Objetos e fotos são testemunhos das graças alcançadas.
Há uma queda d'água com mais de 10m de altura.
Em Urubici há muitos apiários e não poderíamos sair de lá sem comprar o mel do melato da Bracatinga e o Mel Silvestre. Deliciosos!
O mel de Bracatinga é um mel amargoso de cristalização
pastosa, coloração parda, com aroma e sabor característico, não sendo muito
agradável ao paladar, mas considerado como o mel mais forte, nutritivo e
medicinal que se tem notícia. Difere do mel floral em vários aspectos: por
exemplo, o mel de melato possui menor teor de glicose, razão pela qual usualmente
não cristaliza e também apresenta menor teor de frutose. Fonte: http://naturalsaudeebeleza.blogspot.com.br/2014/08/mel-do-melato-da-bracatinga.html
Inscrições Rupestres, no Morro do Avencal, acesso a estrada para
São Joaquim. São inscrições deixadas por povos
que habitaram a região há pelo menos 4.000 anos, um dos mais importantes
registros arqueológicos em território catarinense.
Presume-se que esses
povos considerassem sagrado o local das inscrições. Destaca-se a
"Máscara do Guardião"
A rocha onde estão as inscrições vem sofrendo forte
desgaste com o tempo devido à ações de vândalos e ao desmatamento da
mata nativa no entorno. Inscrições que tinham cerca de 4cm de
profundidade a 20 anos atrás, hoje não passam de 2cm.
Fonte: http://www.viajantesdebolso.com/urubici-sc-inscricoes-rupestres/
Para quem ama história e especialmente arte primitiva, esta é uma
oportunidade rara: o acesso é fácil e as inscrições estimulam a
curiosidade. São desenhos simples, mas de importância histórica incalculável.
Para os estudiosos, o objetivo principal não se restringe apenas em
interpretar os desenhos, mas sim entender como as antigas sociedades
viviam e o que faziam, datando a evolução das técnicas e da cultura
humana. Locais como este são verdadeiros museus ao ar livre e ao valorizarmos estes detalhes, ajudamos a cuidar da nossa história. Fonte: http://www.cliquearquitetura.com.br/artigo/inscricoes-rupestres-urubici.html
Próximo às inscrições
rupestres, a Cachoeira do Avencal, 100m de
queda livre, é frequentada por praticantes de rapel. Fica dentro de uma propriedade particular, ingresso R$5,00.
Cachoeira do Avencal: o nome deriva da avenca, vegetação comum na região. |
Outra parada no Mirante Belvedere. Oferece vista da cidade, da Igreja
Matriz, o rio Urubici e das serras em morros que circundam a cidade.
“Urubici”, palavra indígena, que significa pássaro lustroso. |
Igreja Matriz N. Sra. Mãe dos Homens. Uma curiosidade arquitetônica, há três entradas semelhantes à principal. Sua arquitetura lembra a forma de uma cruz, com grandes vitrais que filtram a luz solar, uma cúpula arredondada e arcos.
Capacidade para 3mil pessoas.
Placas como essa, são comuns em Urubici |
Alguns ambientes de Urubici...
Paradouro Santo Antonio: construído com materiais de demolição, o restaurante é um espaço aconchegante que combina o rústico com a sofisticação.
Etrecot |
Bodegão da Serra, um restaurante estilo velho oeste que serve uma cerveja fabricada na região, a Saint Chopp Belgian.
Saint Bier, produzida em Forquilhinha - SC |
Posto Serra Azul: vale a visita pela decoração temática e a cerveja artesanal.
Cerveja artesanal, ainda sem rótulo |
Árvore de Natal |
Próxima aventura, caminhada por cima da Serra do Corvo Branco. O tempo colaborou...
Caminho que leva a Serra do Corvo Branco
Muitas paisagens, morros, araucárias...
Estrada de terra que leva ao Morro do Corvo Branco
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O guia Sérgio, da agência receptiva de ecoturismo, a Graxaim, foi nosso guia. Qualquer atividade de caminhada nos morros, serras ou canions, em Urubici, só pode ser feita com guia autorizado.
Altiplano da Serra
Um pequeno cânion |
Capricho da natureza!!!
Nossa turma
Pirâmide |
Morro em formato de pirâmide, localizado na borda da
Serra Geral. Possui um pico de 1.500 metros de altitude.
Nessa caminhada consegue-se visualizar ao longe o Morro da Igreja e o radar que controla o espaço aéreo. |
Brincando com a Pirâmide
Vista para o Canion Espraiado |
Canion Espraiado |
Orquídea vermelha, endêmica. |
Outras flores no caminho...
Foi uma caminhada de 4h de nível moderado. Valeu a experiência pelo visual e paisagem que agente não cansou de contemplar.
Estacionamento improvisado na Serra do Corvo Branco |
A Serra do Corvo Branco, recebeu este nome devido à presença comum de uma ave de
plumagem branca. Apesar de se tratar do “urubu-rei”, os habitantes
locais na época desconheciam e erroneamente chamavam de corvo branco.
O topo da Serra tem 1.740m de
altitude e exigiu um corte de 90m de rocha basáltica, o maior corte rodoviário trincheiro do país.
Para
completar esta preciosidade, ali, mesmo em grande
altitude, um dos poucos lugares que pode-se ver a afloração do Aquífero Guarani, o maior
do mundo.
A água florescendo do Aquífero Guaraní |
A água do Aquífero Guarani, descendo pela valeta da encosta da Serra |
Serra do Corvo Branco
A lendária estrada que foi a ligação pioneira entre o litoral e a serra
continua em atividade. A "garganta" de entrada (a estrada começa no meio
de dois paredões de pedra, a 27 km do centro de Urubici) proporciona
uma visão impressionante.
A estrada da serra em zigue-zague (curvas fechadas) é sem dúvida, um traçado fantástico. Essa serra leva até a cidade de Grã-Pará.
Todas expectativas foram superadas. Encontramos em
Urubici lindas paisagens de serra, morros e canions, ótima gastronomia, povo hospitaleiro e
ambientes super aconchegantes. Só temos coisas boas a dizer de
Urubici. Vale muito a pena conhecer.
Retornando, passamos por São Joaquim e visitamos a Villa Francioni, uma vinícola na Serra Catarinense.
Logo ao anoitecer, durante a viagem, presenciamos mais um espetáculo da natureza, a "Super Lua", como esse fenômeno é
conhecido, ocorre quando o satélite está mais próximo da Terra.
Beautiful ... Urubici is a gift from God ... Thanks for sharing! ...
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