Dez dias em MACEIÓ (sozinha)

  ♬♬ Ai, que saudades do céu, do sal, do sol de Maceió
Ai, que saudades do céu, do sal, do sol de Maceió  ♬♬
(Ponta de Lápis - Eliezer Setton) 


2018 férias em fevereiro, destino Maceió: o Caribe Brasileiro, pode acreditar. 



Foram alguns convites e ninguém disponível para ir comigo, então dei todo o apoio que precisava e fui sem medo de me arrepender. Como estava sozinha, foi muito fácil decidir quantos dias ficar. Foram DEZ dias inteirinhos só para mim, eu comigo mesma em Maceió.  


Segui as dicas do meu amigo Eduardo, que foi a Punta Cana no Caribe com apenas uma bagagem de mão. Invejei ele e também embarquei com apenas uma bagagem de mão, e podem acreditar que algumas peças de roupa nem cheguei a usar. 
A bagagem de mão só me deu sorte. Meu voo de Porto Alegre a Campinas tinha troca de aeroporto, embarcar em outro voo de Guarulhos a Maceió. Então, depois de fazer o check-in em Porto Alegre e aguardar na sala de embarque, minutos antes de entrar na aeronave, chamaram no alto falante. Fizeram uma proposta, de mudar de voo para ir direto a Guarulhos sem trocar de aeroporto. Aceitei, claro. Emitiram outro cartão de embarque para o voo que saia dentro de 20min. Isso só foi possível porque não despachei bagagem.

 Posso dizer que a sorte me acompanhou durante toda a viagem. 

Tudo deu certo,  embarquei em Porto Alegre, conexão em Guarulhos e a noite voo a Maceió.

Chegando em Maceió

Contratei nove passeios, dois traslados e ingressos para forró, show de humor e teatro, todos com a Alagoas Turismo André Pichler. Pessoal correto, pontuais, super confiáveis. Os guias são muito atenciosos, divertidos e profissionais. Foi uma ótima escolha e quem resolver ir a Maceió, recomendo os serviços da Alagoas Turismo André Pichler. Não iria encontrar em livros e nem descobrir sozinha todas as informações e conhecimentos passados por André e seus guias. 

Para quem pensa em locar um carro e fazer os passeios por conta, eu não recomendaria, pois o acompanhamento de um guia só agrega valor e qualifica os passeios. Além disso as fotos não ficam "vazias", pois é através do guia que o visitante saberá falar de um local que conheceu, uma rua, uma cidade, um rio, uma praia... são dicas, saberes dos costumes e cultura local, aspectos sociais, gastronomia e história. Informações enriquecedoras que só podemos tê-las com acompanhamento de um guia. Quer realmente entender o que digo? Faça um passeio apenas tirando fotos e olhando para os lugares. Depois, faça o mesmo passeio com o guia. Verá a diferença. 

E quando iria ouvir frases e expressões como a do guia Gladstone: "O brasileiro deveria ser estudado pela NASA", pela forma peculiar que lidamos ou aceitamos as situações cotidianas;  e "o faz me rir" quando fala em ganhar dinheiro;  "o pau de selfie foi inventado em Maceió", referindo ao final da história de PC Farias e sua namorada.

Enfim, só tenho boas recomendações da agência Alagoas Turismo André Pichler. O André é extremamente simpático e solícito quanto as perguntas e informações. Sempre pronto e rápido para ajudar e sanar todas as dúvidas. Não poderia ter feito escolha melhor.

O tempo só colaborou e consegui aproveitar bem os Dez dias em:

✔ Tabuba e Carro Quebrado; 
✔ Foz do São Francisco;
✔ Praias: Francês, Barra de São Miguel e Gunga;
 ✔ Paripueira;
✔ Cânions do São Francisco e Piranhas;
 ✔ Pajuçara e Ponta Verde;
 ✔ Dunas de Marapé;
 ✔ City Tour: Pontal da Barra, Marechal Deodoro e Maceió;
 ✔ São Miguel dos Milagres, Lage e Patacho;
 ✔ Maragogi.



1º passeio, 20 de fevereiro 2018:  praias de Tabuba e Carro Quebrado


Visual maravilhoso!
Tem um banco de corais que separa o rio do mar. Praia com poucos turistas e vendedores. Essa praia é muito tranquila, praia limpa, águas calmas e mornas.

Fiquei nas instalações da Pousada Tabuba, que é bem simples e oferece mesas, cadeiras, espreguiçadeiras e rede, além de bons petiscos e refeições. Não se paga day use nessa praia.

 
Tabuba não se encontra nos roteiros das grandes operadoras de receptivos, até porque não existe exploração nessa praia. Os valores nos restaurantes são acessíveis a todos, comida farta, gostosa e barata.  A praia não é tão badalada, por isso é mais sossegada.

Rio Tabuba

Tem passeio de buggy para a praia de Carro Quebrado que vale super a pena. É um lugar lindo!!! 
O passeio dura quase três horas.

  

A origem do nome Carro Quebrado tem algumas versões. Acreditam que um carro teria atolado na estrada de acesso, sendo completamente corroído pela maré alta.

A origem do nome Carro Quebrado tem algumas versões. Uns dizem que um casal foi namorar na praia à noite e não conseguiu voltar porque o carro quebrou. Outros acreditam que um carro teria atolado na estrada de acesso, sendo comple... - Veja mais em https://viagem.uol.com.br/noticias/2012/02/14/barra-de-santo-antonio-em-alagoas-esconde-o-paraiso-carro-quebrado.htm?cmpid=copiaecola

A origem do nome Carro Quebrado tem algumas versões. Uns dizem que um casal foi namorar na praia à noite e não conseguiu voltar porque o carro quebrou. Outros acreditam que um carro teria atolado na estrada de acesso, sendo comple... - Veja mais em https://viagem.uol.com.br/noticias/2012/02/14/barra-de-santo-antonio-em-alagoas-esconde-o-paraiso-carro-quebrado.htm?cmpid=copiaecola

Área de preservação ambiental, Carro Quebrado é deserta. Um paraíso desses, praia limpa de mar calmo e água quente, não precisa de mais nada... 

Vontade de levar um pedaço dessa praia para casa...



2º dia, 21 de fevereiro 2018:  vambora conhecer   Foz do São Francisco

De Maceió a Piaçabuçu

Piaçabuçu está a cerca de 140km de Maceió.

Piaçabuçu

As Margens do Rio São Francisco

Rio São Francisco, ou Velho Chico, tem grande importância econômica nas regiões por onde passa, pois é usado para navegação, irrigação e pesca. Sua nascente é na Serra da Canastra em Minas Gerais, passando pelos Estados da Bahia, Pernambuco, Sergipe e deságua em Piaçabuçu - Alagoas.

  

O Velho Chico é rodeado de ilhotas, lagoas, coqueirais e dunas, que conferem ao local uma beleza  única. 

Lavadeiras de Piaçabuçu preservando a tradição: "Roupa suja NÃO se lava em casa"

Terminal Turístico. Um dos cenários do filme Deus é Brasileiro.

Durante o passeio de barco são oferecidas frutas e um guia explica tudo sobre a situação do Rio São Francisco, sobre a população de Piaçabuçu e ainda nos divertimos com muito forró. 

Nesse passeio conheci  Elizabeth, que também estava passeando sozinha em Maceió. Super gente fina, divertidíssima e parceira. Nossa amizade tem história: nasceu na Foz do São Francisco. 

Outra curiosidade local é a presença de dunas móveis, que modificam o cenário natural.

Os últimos quilômetros do Rio formam a divisa natural entre os estados de Sergipe e Alagoas, quando o Velho Chico encontra o Oceano Atlântico.

Próximo ao encontro das águas, o barco atraca para que os turistas possam fotografar a paisagem. Nesse local,  os moradores vendem artesanato popular e iguarias como as cocadas, a um preço bem acessível.

 Fiquei encantada com a beleza natural. 

Local exato onde o Rio São Francisco encontra o mar (foto e vídeo)

Porém, a estiagem prolongada tem feito o Rio São Francisco perder força, permitindo que o mar avance sobre a água doce, causando impactos ambientais, econômicos e sociais, desde a salinização do Rio São Francisco, morte da vegetação típica de água doce, substituição dos peixes de água doce pelos de água salgada e inviabilização da água para o consumo humano.

Sá e Guarabyra já profetizavam esse fenômeno em uma música que diz: ♬♬O sertão vai virar mar, dá no coração, o medo que algum dia o mar também vire sertão♬♬. 

É preocupante saber que os simpáticos moradores de Piaçabuçu estão enfrentando tantos problemas com a salinização do Rio São Francisco, tendo que tomar água salobra.

Cenário da novela Tieta

Muitas cenas de novelas e filmes foram gravadas na Foz do Rio São Francisco, como a novela Tieta, Velho Chico e o filme Deus é Brasileiro.

E para encerrar, um delicioso banho nas águas do Velho Chico. É uma sensação fantástica. 

Na volta um almoço muito bom às  margens do Velho Chico. As pessoas de Piaçabuçu são muito simpáticas e simples. 

Casas de apoio aos pescadores

Foi uma realização conhecer Piaçabuçu e a Foz do Rio São Francisco, ainda poder de alguma forma ajudar com a economia da cidade. Acredito que todos tenham que fazer esse passeio para ajudá-los e também para desfrutar de um inesquecível passeio até o encontro do rio com o mar.

É uma experiência única e recomendo que todos conheçam.

Uma das principais atividades em Piaçabuçu é a pesca. Contudo, nos últimos tempos, infelizmente, o rio não está para peixe. Todos sabemos que o “Velho Chico”, vem sofrendo uma série de agressões ao longo dos anos e, por consequência, fica cada dia mais difícil para as populações ribeirinhas ganharem a vida.

Fonte original do texto retirada de: http://partiupelomundo.com/passeio-de-barco-foz-do-rio-sao-francisco/

3º dia e três destinos:  Praia do Francês, Barra de São Miguel e Praia do Gunga.

A Praia do Francês, na cidade de Marechal Deodoro, tem esse nome porque ali viveu a partir da década de 50, um francês...

Praia do Francês

Saindo da Praia do Francês, próxima parada Barra de São Miguel. 

Barquinhos, ou "jangada melhorada" como eles dizem, levam até a praia do Gunga

Nesse passeio conheci um casal do Rio Grande do Sul. Muito simpáticos e amigos.

Impossível se sentir só em Maceió. Todo dia  conhecia pessoas novas, super bacanas.

Barreira de recifes na Barra de São Miguel

No caminho surpresas...  parada em piscina natural e no bar molhado

Água Viva

Ouriço do Mar

Bar Molhado

Chegando na Praia do Gunga

A praia do Gunga fica no meio de uma fazenda de coqueiros.

Na praia do Gunga é oferecido passeio de bugy e quadriciclo até as falésias

Há duas paradas, sendo uma nas falésias para fotos e outra em uma lagoa de água doce.

 

No caminho até as falésias há trechos de praias desertas, berçários de tartarugas marinhas.

Nesse cenário, até parece que a vida de pescador é fácil, fácil... é de dar inveja esse "escritório"...

A Praia do Gunga é super lotada, com diversas barracas. Essas fotos só foram possíveis caminhando ao sul da praia.

Praia do Gunga tem trechos de muito agito e outros de pura paz...

Coqueiral e vista da Praia do Gunga

Produção destinada para a Sococo - fábrica de derivados do coco, instalada em Maceió

4º dia, 23 fevereiro 2018: Paripueira, a Paris de Maceió.

Praia bonita e tranquila, a água é incrivelmente morna, e na maré baixa é possível desfrutar da tranquilidade dela para banho e pegar sol. 

A praia é plana. No começo forma um "piscinão" de águas na altura da cintura e morna, a frente forma uma faixa de areia e logo a frente o mar aberto e plano de profundidade na canela, poucas ondas, praia bem calma.

 "Oh, vida difícil!"

Praia, sol e mar: misturas que fazem a tranquilidade desse senhor e de qualquer um.

Na língua indígena PARIPUEIRA significa “praia de águas mansas”.

Nos primeiros passeios em Maceió conheci o Bruno e sua namorada, de São Paulo. Em Paripueira nos encontramos novamente e eles me convidaram para sentar junto a mesa. Casal super bacana e simpáticos. 

Depois do almoço, apresentações de danças folclóricas com Lambashow. 

♬♬ Teka, rendeira
Eliane, praiera
Vamos prá Paripueira
Vamos prá Paripueira ♬♬

(Martinho da Vila - Só em Maceió)

Dança em homenagem as rendeiras de Maceió

O cangaço também é lembrado nas danças.

Frevo

Dança da Nega Maluca

No final todos são convidados a dançar forró. É realizado um "concurso", quem dança melhor entre os homens e mulheres. Fui uma das classificadas e o prêmio é um delicioso drink. Quem fica em primeiro lugar ganha um coquetel no abacaxi. 

É muito diferente e divertido, ri muito em Paripueira. Lugar para extravasar e admirar um cenário único. Vale a pena!

No 5º dia, destino tão esperado: CÂNIONS DO SÃO FRANCISCO

Nesse dia madruguei... 4h da manhã parti para o Sertão Alagoano.

Saindo do litoral rumo ao agreste

Os cânions estão localizados no sertão, a 300km de Maceió, na divisa de Piranhas-AL com Canindé do São Francisco-SE.  As vias de acesso estão em perfeitas condições de tráfego, começando no litoral, passando pelo agreste até o sertão.

Arapiraca, município localizado no agreste alagoano.

Pode acreditar, aqui passava um rio e agora está praticamente seco

Saindo do Agreste e entrando no sertão. Vista do Planalto da Borborema

Passando pelo sertão nordestino, impossível não lembrar da música de Luiz Gonzaga, Asa Branca, um hino que narra o sofrimento, a vida difícil do sertanejo:

♬♬  Quando olhei a terra ardendo  
Qual fogueira de São João  
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação.
Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão ♬

Vegetação seca do bioma caatinga

"A vegetação rala agarra-se aos morros como se temesse despencar." (Juremir Machado da Silva)

Primeiras imagens do Rio São Francisco

"O Velho Chico me parece um enorme mistério. Como pode ser quase um mar em certos trechos e um cão tão magro em outros? O Velho Chico carrega um Novo Chico em seu curso por causa das seis hidrelétricas que abriga. Mas isso não explica todas as suas variações. Como consegue sobreviver no semiárido nordestino? Um rio em meio a uma paisagem seca e austera é como uma poesia feita de contrastes" (Juremir Machado da Silva)
 

Hidroelétrica de Xingó

Com o represamento das águas para a construção da barragem da Usina Hidroelétrica de Xingó, construída na década de 80, se formou um imenso e profundo lago onde são realizados passeios de barcos pelos paredões, que chegam a ter oitenta metros de altura.

Restaurante Karrancas: Local de embarque no catamarã, que navega em meio ao curso do rio. O cenário natural formado pela vegetação da caatinga e toda a exuberância do Rio São Francisco pode ser acompanhado desde o início do passeio, de 3 a 4 horas de duração aproximadamente.

Águas represadas do Rio São Francisco

Durante o percurso formações rochosas de granito avermelhado e arenito se fazem imponentes ao longo dos 18 km rio adentro

É 5º maior cânion navegável do mundo.

A imensidão esverdeada das águas do "Velho Chico" contrasta com a paisagem rústica e encanta os visitantes.

Na gruta, imagem de São Francisco

É um passeio emocionante!!! 

É imperdoável quem estiver em Maceió ou Sergipe, e não fazer esse passeio. É deslumbrante e repito... é muito emocionante.

Os Cânions possuem beleza única, cercados por enormes paredões em tons alaranjado, cinza e vermelho, que se destacam em meio às águas verdes do Rio São Francisco.

Nessa parada é possível fazer o passeio de canoa a remo por entre as fendas dos Cânions. As fotos dizem tudo sobre a beleza do local.

Parada para banho na Gruta do Talhado. Este é o momento onde os turistas podem desfrutar do banho nas águas do Rio São Francisco, cheias de história e tradição, além de contemplar mais de perto os paredões de mais de 30 metros de altura. O mergulho neste ponto também impressiona, pois são aproximadamente 25 metros de profundidade. A tripulação disponibiliza de salva-vidas, coletes salva-vidas e materiais flutuantes para que o relaxamento dos visitantes possa ser completo.

Paraíso de tanta tranquilidade e a natureza exuberante. Fiquei um tempão, só curtindo essa água maravilhosa.

No catamarã ouvi diversas músicas típicas da região, principalmente o forró e outros ritmos de cantores nordestinos. As músicas que tocam durante toda a viagem parecem harmonizar com o local, tornando o passeio inesquecível.. quem quiser pode comprar o CD com a trilha sonora.
Passeio encantador. A estrutura dos catamarãs é ótima. Tem chuveiros, bancos confortáveis, guias animados que explicam tudo durante o percurso, serviço de fotógrafos e petiscos à venda. 

Por fim, retornamos a base para almoço. Comida nordestina deliciosa, servida em buffet self service, no restaurante Karrancas. 

Depois do almoço, visita a cidade de Piranhas.

Contam que a localidade de Piranhas data do século XVII, quando ainda era conhecida como Tapera, mas somente foi emancipada como vila em 1887. Uma história passada através de várias gerações é contada na região quando se tenta explicar a origem do nome do município: um caboclo pescou uma grande piranha em um riacho que hoje tem o mesmo nome do peixe. Quando se deu conta que havia esquecido uma faca no local da pesca, pediu a seu filho que fosse buscar o utensílio no porto da piranha. De tanto o pescador contar a história e associar o nome do peixe ao local, o antigo povoado ficou assim batizado.

Piranhas foi palco da exposição macabra do fim do cangaço.

A perseguição terminou em 28 de julho de 1938, na grota do Angico, às margens do rio São Francisco. As forças policiais armaram uma emboscada para o bando de Lampião. As cabeças de Lampião, Maria Bonita e alguns do bando foram expostas na escadaria da prefeitura de Piranhas. A polícia Volante, criada para capturar o bando de Lampião, mostraram sua força e violência a seus opositores e se não bastasse, degolaram Maria Bonita ainda viva. 

"Quem matava mais naqueles tempos: Lampião e seu bando ou a política dos coronéis, que mantinha na miséria a população desses desertos brasileiros do semiárido nordestino? Quem desonrava mais?" (Juremir Machado da Silva)

Hoje, Piranhas é palco para muitos filmes e documentários sobre cangaço, também novelas como Cordel Encantado e a série Amores Roubados.

Vista da cidade Piranhas e do Rio São Francisco.

O Mirante Secular, da aconchegante cidade de Piranhas, foi construído no século XIX como uma espécie de pequeno farol para orientar as embarcações a vapor que se arriscavam pelo Rio São Francisco.

Encarei os 364 degraus até chegar na Estação de Trem da cidade.

Pequeno farol do século XIX para orientar navegadores do Rio São Francisco

O sertão nordestino é cheio de histórias sobre a cultura nordestina e do cangaço, que nos anos 30 teve um grande marco no Brasil, ficando conhecida mundialmente pelos feitos de Lampião, Maria Bonita e seu bando.

Alagoas sabe cultivar como poucos lugares a tradição da sua história.

Antiga torre do relógio (1879) da estação, um relógio inglês do tipo carrilhão. Dentro abriga o Café da Torre. Vale a foto!

Pequenas vias entre as casas de acesso ao morro do Mirante.

Distante duzentos e noventa quilômetros de Maceió, e com uma população de vinte e cinco mil habitantes, a cidade é cercada de morros e emoldurada pelo Rio São Francisco. A cidade encanta seus visitantes pela hospitalidade e preservação do acervo, de estilo barroco, dos séculos 18 e 19.

Estação Ferroviária e Museu do Sertão

Eu me vi ali em figuras que nunca mais verei, em rostos que desconheço, em expressões duras e paradoxalmente suaves que sorriam sem querer. Uma senhora com o rosto trilhado por um mapa da existência me perguntou:
– Precisa de alguma coisa?
– Sim, morar aqui para ser feliz até morrer – eu poderia ter dito. (Juremir Machado da Silva)

Patrimônio Histórico Nacional

Retornando a Maceió

Se você acha que é muito cansativa a viagem aos Cânions São Francisco, se engana... foi um passeio muito divertido ao lado do guia Cláudio da Pergentino que passou várias informações sobre os lugares. 

Agora você vai perguntar: mas como foi com a Pergentino se contratou o passeio com Alagoas Turismo? Explico: alguns receptivos em Maceió trabalham em parceria para que os passeios possam ser realizados. Como os Cânions São Francisco é pouco procurado, algumas agências se unem para colocar todos os turistas em um carro só, assim todos ganham, o visitante não deixa de fazer o passeio escolhido e os receptivos conseguem atender a todos. 

Então, o papo fluiu de forma descontraída e alegre. Os casais que estavam nesse passeio também interagiam sem se preocupar com a distância, tempo... além de visitar um lugar maravilhoso, fiz amizade com uma turma bem bacana, parceiros de verdade. Lembro de um casal que estava na dúvida se iria descer as escadarias da cidade de Piranhas e quando chegamos, se superaram, encararam 364 degraus de uma escadaria íngreme.

E como não esquecer de algumas expressões e frases do Claúdio, como:

- "bixiguenta" referindo a uma pessoa ruim, difícil de viver; 

- "no bairro das rendeiras, em Maceió, as famílias tem muitos filhos porque até as camisinhas são feitas de renda";

- e o banheiro na beira da estrada é "MCC - Mato, Coqueiro ou Cana"  aí você pode optar por um dos três...tudo na brincadeira, é claro...

- também foi com o Cláudio que fiquei sabendo que Caldinho de Sururu é "afrodisíaco"... por que fui contar que tinha provado e gostado do caldinho???... kkkkkk motivo de muito riso na van. 

A turma desse passeio realmente foi ótima companhia e de um excelente humor. Boas lembranças e saudades desse dia.

Quem tiver interesse, não deixe de fazer o passeio dos Cânions São Francisco, não é cansativo, apesar do tempo na estrada. Eu e o pessoal que estavam na Van nem sentimos o tempo passar, conversamos e rimos muito com o guia Cláudio. Bom papo, descontração e diversão já é meio caminho andado.

Chegando em Maceió. Por do sol na Lagoa de Mundaú

6º dia, 25 de fevereiro, dia livre: Pajuçara e Ponta Verde

A capital alagoana tem uma das orlas urbanas mais bonitas do país, pode acreditar. 

As famosas praias de Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca tem belezas compostas por coqueiros, piscinas naturais e água do mar cristalino. Animação também não falta nessas praias, tanto de dia quanto a noite. Restaurantes, bares, barracas e artesanatos, tudo junto e misturado para garantir o melhor aos visitantes.

As famosas jangadas de Pajuçara

Mar com poucas ondas. Os passeios de jangadas até as piscinas naturais são muito procurados. Não fiz esse passeio em Pajuçara, porque na semana seguinte estava programado para fazer em São Miguel dos Milagres e Maragogi. Na próxima vez que ir a Maceió farei esse em Pajuçara, com certeza.

 As jangadas fazem parte do cenário.

          

Visual cinematográfico. Mar com várias tonalidades.

 

A muito tempo Luiz Gonzaga já cantava Pajuçara:

♫♫ Ai, ai que saudade, ai que dó
Viver longe de Maceió
Alagoas tem jóias tão caras
Que meus olhos não cansam de olhar
Uma delas és tu Pajuçara praia linda engastada no mar
Quando a lua no céu adormece Pajuçara se enfeita ainda mais
Vem à brisa rezar uma prece entre as folhas dos seus coqueirais

As noitadas felizes nas ostras bons amigos que choram até
Que saudade de Bica da Pedra e dos banhos lá no Catolé
Recordando estas coisas tão boas sou feliz não me sinto tão só
Toda gente que sai de Alagoas coração deixa em Maceió ♫

(Maceió - Luiz Gonzaga)

Além da Feirinha  de Artesanato da Pajuçara, tem o Pavilhão do Artesanato. Próximos um do outro. É muito válido conhecer um pouco do trabalho cultural da região e adquirir bonitas lembranças das feiras.

São diversas barracas a beira mar com produtos típicos da região. Um universo regional da palha, do couro, da cerâmica, da fibra de coqueiro, da madeira e do barro. Porém, o artesanato mais tradicional de Alagoas são as peças de renda. A feira também está cheia de música e apresentações artísticas. Quem visita a feira, ainda pode curtir um forró com direito a dançar na rua da orla.

Ponto filé. Produto artesanal de renda,  MADE IN MACEIÓ

 

No domingo uma parte da rua da orla, entre as praias de Pajuçara e Ponta Verde, fecha para entretenimento. Aproveitar a praia assim, fica ainda mais gostoso. Essa parte da orla se torna um ponto de lazer para os maceioenses e os turistas também aproveitam.

 Em Ponta Verde, mais belezas.

 

A beleza das praias e a gentileza dos Alagoanos supera tudo. As praias são calmas, de águas mornas e cristalinas.

Mesmo já ter visto tantas belezas em Maceió, fiquei ainda mais impressionada com o azul intenso das águas de Pajuçara e Ponta Verde.  Ficar na orla admirando o mar com certeza é um super programa.

Praias urbanas que cativam, tanto Pajuçara quanto Ponta Verde.

 Maceió é uma cidade relativamente arborizada

 A noite, as luzes em pontos estratégicos, tornam o cenário ainda mais bonito.

 

A noite a orla é tranquila e segura. Tem muito movimento de pessoas caminhando pelo calçadão, andando de bicicleta, fazendo compras nas feiras de artesanato e aproveitando os restaurantes e outros atrativos oferecidos. 

 7º dia, 26 de fevereiro, bora conhecer Dunas de Marapé

Ao sul de Maceió, no município de Jequiá da Praia, fui conhecer as Dunas de Marapé. Ao contrário do que se pensa, lá não tem dunas enormes, existe sim umas pequenas dunas. O lugar é muito bonito, mata nativa, encontro do Rio Jequiá com o mar.

Para chegar a praia, precisa atravessar de barco o Rio Jequiá e contemplar toda a beleza do rio.

Marapé, é um trecho de praia aonde só se chega atravessando o rio Jequiá de barco. Não espere luxos, a infraestrutura do lugar é bastante simples e rústica, mas a natureza compensa e muito.

Fonte original do texto retirada de: http://partiupelomundo.com/dunas-de-marape/

Nesse passeio conheci outra guria que estava viajando sozinha, a Rosane, do Estado de São Paulo. Receptiva, agradável. Mais uma amizade em Maceió!!!

Rio Jequiá

Em dunas de Marapé são oferecidos dois passeios. Um é o circuito pau de arara, para as falésias e outro é o passeio de barco pelo manguezal, com direito a banho de argila. Como já tinha visitado as falésias na praia do Gunga, dispensei e passei o dia relaxando nesse lugar. Mas quem opta por um dos passeios, diz que vale a pena.

O lugar é bem estruturado para receber grande número de turistas e conta com restaurante, bar a beira da praia, lojinha, banheiros, armários para guardar objetos.

Local fantástico para passar o dia e tomar banhos de rio e mar sem preocupação com poluição.

O mar águas de azul turquesa e o rio de águas mais escuras. Areia sempre branca.

Dunas de Marapé é assim mesmo... você pode achar que as fotos estão misturadas, mas é assim mesmo: você olha para um lado é mar, olha para outro é rio.

Há um vasto manguezal, berçário de muitas espécies de peixes e crustáceos.

Local agradável, paisagem exuberante. As fotos dizem muito do lugar.

Redário

A praia tem uma ótima infraestrutura. O almoço servido no único restaurante da praia é excelente, comida boa e farta. Buffet livre. Imperdível.

Um dia maravilhoso, de total interação com a natureza.

 8º dia, 27 de fevereiro, City tour - Pontal da Barra, Marechal Deodoro e Maceió

City tour é pouco procurado pelos visitantes, então o André da Alagoas Turismo conseguiu um carro privativo para eu conhecer a história das cidades de Marechal Deodoro e Maceió. Foi muita gentileza do André. Mesmo não oferecendo esse passeio ele se preocupou em contratar um carro e um motorista, assim consegui fazer o city tour. Agradeço muito o André. Sem a ajuda dele seria praticamente inviável conhecer em um dia os pontos históricos das duas cidades.

No caminho a Marechal Deodoro uma passada rápida em Pontal da Barra, considerado o bairro das rendeiras de Maceió.


No bairro há muito trabalhos em rendas e bordados - verdadeiras obras de arte em forma de toalhas de mesa, vestidos, cortinas... 

Lagoa Mundaú

Lugar tranquilo e de fácil acesso. Excelente local para compras. 

São imagens tão interiorana que você pode chegar a duvidar de que ainda está na capital. 
 

 

"Rendeira fazendo renda" em Pontal da Barra

Loja com peças exclusivas de renda

A renda do filé é uma tradição passada de geração em geração. Arte tipicamente alagoana. Sua produção é a maior fonte de renda dessas comunidades.

Pontal da Barra fica as margens da Lagoa Mundaú

Chegando em Marechal Deodoro

Marechal Deodoro foi a primeira capital de Alagoas e cidade onde nasceu Manuel Deodoro da Fonseca, militar do exército Brasileiro com a patente de Marechal e posteriormente proclamador da República e primeiro presidente do Brasil.

Foi fundada em 1611 com o nome de povoado de Vila Madalena de Subaúma. Mais tarde passou a chamar de Santa Maria Madalena da Alagoa do Sul. Em 1817 passou a ser a capital da capitania de Alagoas e passou a chamar de Alagoas da Lagoa do Sul. Em 1839 a capital da província de Alagoas passou para Maceió. Em 1939 o nome da cidade foi mudado para o atual, em homenagem ao filho ilustre Marechal Deodoro da Fonseca, alagoano.

Em 2006, foi considerada pelo Ministério da Cultura como Patrimônio Histórico Nacional, em virtude do seu passado e ter sido cidade natal de Marechal Deodoro da Fonseca, proclamador da República Brasileira. 

Conhecida também por suas construções de valor histórico, igrejas, casas e outras edificações antigas.

Lagoa Manguaba, considerada a maior lagoa do litoral sul de Alagoas

Casa onde nasceu Marechal Deodoro

O casario de arquitetura típica de estilo colonial, foi o local onde nasce e viveu por 16 anos o primeiro presidente do Brasil, Marechal Deodoro.

Hoje restaurada, abriga o Museu Marechal Deodoro da Fonseca que guarda e dispões ao público peças e documentos que pertenceram ao político Deodoro da Fonseca

No museu a visita é guiada por um profissional do turismo, um guia muito dedicado que explica todos os detalhes da casa, dos móveis e dos pertences pessoais do primeiro Presidente do Brasil.

Sala de jantar, original da época

Convento e Igreja de São Francisco. Estilo barroco rococó. Construção iniciada em 1660.

Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Era frequentada apenas pelos escravos e ex-escravos.

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição. Construção concluída em 1783.

Algumas igrejas estão sendo restauradas pelo IPHAN

Igreja de Nossa Senhora do Amparo. Completamente abandonada... sem restauração se torna uma ruína.

Mais atenção autoridades de Marechal Deodoro. Preservar todo o patrimônio da cidade é fundamental para a história e o desenvolvimento do turismo.

  

Notei um certo descaso do poder público. Deveriam cuidar melhor de Marechal Deodoro, a primeira capital de Maceió. A cidade tem tudo para ser um patrimônio cultural e histórico. A cidade toda é arquitetonicamente rica e se fosse restaurada ao padrão que merece, o turismo histórico iria alavancar.

  

Saindo de Marechal Deodoro e retornando a Maceió, distância de aproximadamente 30km.

No tocante ao patrimônio histórico-arquitetônico da cidade de Maceió, há algumas construções interessantes. A maior parte destes prédios se encontra em bom estado de conservação. 

Coreto de Jaraguá. Construção de 1927.

Nós brasileiros também temos uma Estátua da Liberdade, menor, porém original, já que foi feita pelo mesmo escultor que criou o famoso monumento norte-americano. Toda produzida em bronze, ela se encontra no bairro histórico de Jaraguá, em Maceió.

Museu da Imagem e Som de Alagoas. Em frente a Estátua da Liberdade, original.

A estátua foi feita pela fundição de Frédéric Auguste Bartholdi, que projetou e fez a de Nova York. Só há 3 delas no mundo: a de Nova York, a de Maceió e uma em Paris.

A história conta que o francês Frédéric estudou  em Paris com o alagoano e pintor Rosalvo Ribeiro. Os artistas tinham uma amizade muito grande e fizeram uma troca de peças de arte, por isso a Estátua da Liberdade veio parar em Maceió.

Associação Comercial de Alagoas.  Arquitetura neoclássica do italiano Luiz Lucarini, colunas greco-romanas.

Além de sede da associação, abriga o Museu do Comércio de Alagoas e o Museu de Tecnologia do Século 20.

 

Catedral Metropolitana

Igreja de São Gonçalo

Maceió

Linha de trem

Bairro Jaraguá

Praia de Pajuçara e suas jangadas

Graciliano Ramos, um ilustre Alagoano

Outro famosos Alagoanos: Aurélio Buarque de Holanda, Djavan, Marechal Deodoro da Fonseca, Marechal Floriano Peixoto, Zumbi dos Palmares, Zagalo e outros tantos...


... e são muitos artistas que cantam Maceió, inspiração não falta... são paisagens avassaladoras, de muita beleza.

♬♬ Mergulhar no azul piscina
No mar de Pajuçara
Deixar o sol bater no meu rosto
Ai que gosto me dá

E as jangadas partindo pra o mar
Pra pescar, minha sereia

Maceió, minha sereia ♬♬

(Minha Sereia - Carlos Moura)

9º dia, 28 de fevereiro 2018:  SÃO MIGUEL DOS MILAGRES, um "milagre alagoano"...

Com praias quase desertas, São Miguel dos Milagres foi um dos mais antigos povoados de Alagoas. Hoje município, onde as principais atividades econômicas são a agricultura, baseada na extração do coco, e a pesca. 

Lugar simples e com muito menos ostentação, e isso é ótimo, porque um lugar lindo desses não precisa de luxo, de resorts,  e fica muito mais acessível para quem não quer gastar tanto. O turismo de massa ainda não chegou em Milagres... ainda bem... espero que esse paraíso fique preservado para sempre.

A praia é linda! Na maré baixa tem que andar bastante para alcançar a água do mar.

Barquinhos que levam às piscinas naturais

Não tenho nem palavras para descrever tanta beleza.
São Miguel dos Milagres tem piscinas naturais que são maravilhosas, águas cristalinas.

São várias piscinas que se formam ao redor dos corais.

É o destino perfeito para fugir do turismo de massa.

Como a região fica na Costa dos Corais, a 2ª maior barreira de corais do mundo, a vida marinha do local é muito grande. Possuindo várias espécies de peixes e corais.

Milagres também é uma ótima opção pra quem não quer ou não pode ir a Maragogi.

Praia linda, aconchegante. Fazer o passeio de barquinho até as piscinas naturais é imperdível, a água é transparente e o visual maravilhoso.
 
Milagres é incrível e rende ótimas imagens. Não deixe de conferir ao menos um dia esse verdadeiro espetáculo da natureza.

Uma opção melhor que Maragogi, e com uma grande vantagem: as piscinas naturais são bem menos lotadas que as Galés de Maragogi. É quase um passeio privativo até as piscinas.

Praia de águas mornas e cristalinas.

Os olhos agradecem em ver tamanha beleza.

Com a maré baixa nas luas nova e cheia, surgem diversas piscinas naturais.

Experiência linda. Belezas naturais inigualáveis. Passeios com preços mais acessíveis.

Em São Miguel dos Milagres é proibido usar catamarã, lancha ou embarcações potentes para não destruir os corais. Muito positiva essa atitude para preservar as belezas naturais. 

Essa praia é uma das poucas que mantém aquela rusticidade de praia recém descoberta no roteiro turístico.

Depois do passeio as piscinas naturais, outra boa opção é o passeio de buggy. Nesse passeio é possível conhecer um pouco da cidade de Milagres e as praias da Lage e Patacho, no pequeno município de Porto de Pedras.

assim como a preocupação em preservar as belezas naturais: é proibido usar catamarã, lancha ou embarcações potentes para não destruir os corais. © 2013 – 2014. Todos os direitos reservados ao AGENDA A. Este material não pode ser publicado, reescrito, redistribuído ou transmitido por broadcast sem autorização do AGENDA A. Leia mais em: http://www.agendaa.com.br/negocios/turismo/427/2014/01/09/milagres-e-destaque-em-programa-de-ana-maria-braga

No caminho Igreja de São Miguel dos Milagres

Mirante de São Miguel dos Milagres:  é um local onde se pode ter uma vista panorâmica da cidade. O acesso, fácil e rápido, fica por trás da Igreja da cidade.

É de encher os olhos, as várias nuances de azul

Cidade Porto de Pedras

Passando por Porto de Pedras, que já foi uma vila de pescadores.  
Possui uma rica história: a região foi ponto de disputa entre portugueses e holandeses.

Praia da Lage

Praia deserta, mar calmo, muitos coqueiros. PARAÍSO!!!

Sem ambulantes, hotéis e barracas e uma calma de fazer inveja.

A água é incrivelmente morninha

Depois, bora conhecer a praia do Patacho, próxima a praia da Lage.

Praia deserta, água morna, arrecifes que formam piscinas naturais na maré baixa e coqueirais a perder de vista, são alguns dos atrativos que fazem da Praia do Patacho uma das mais bonitas do Brasil.

Em Patacho não há mega resorts, construções à beira mar, ambulantes na praia, congestionamento de guarda-sol, nem grandes agitos noturnos.

Patacho é considerada uma das praias mais bonitas do Brasil.

Em Milagres no final do dia o cenário muda, a maré está mais alta. Mesmo assim não perde sua beleza.

Milagres me encantou!!!

Todas as praias são paradisíacas.Tem que ir pra acreditar que existe tamanha beleza em Milagres e no seu entorno. É uma bela região, charmosa e tranquila.

10º dia, 01 de março 2018:  MARAGOGI

Último passeio e o destino de inúmeros visitantes: a mundialmente famosa Maragogi.

A praia de Maragogi foi a que menos chamou atenção se comparar com outras que conheci em Alagoas. Talvez isso se deva pelo turismo de massa que acaba agredindo paisagens e destruindo o ecossistema.

Para chegar às Galés, os visitantes usam catamarãs. Esse passeio só é possível em dias de maré baixa. Por isso é importante consultar a tábua de marés.

Vista do mar para a cidade de Maragogi

Os preços em Maragogi são salgados se comparar com outras praias que estive em Alagoas. Quem for a Maragogi, prepare o bolso... O valor do catamarã para chegar às Galés é R$100,00 em espécie.

Não dá para entender porque Maragogi se diferenciou das demais praias da Costa dos Corais e se tornou um referencial em termos de piscinas naturais. Afinal, o mesmíssimo passeio também é oferecido em Milagres e em Maceió, com preços bem mais em conta.

 Chegando nas Galés de Maragogi

É grande a área de arrecifes e a quantidade de turistas também me surpreendeu... turismo de massa... acho que esse é o motivo principal do encarecimento do local.

Como já tinha tirado fotos com peixinhos em Milagres, aproveitei em Maragogi para fazer o batismo. Mergulho com cilindro, R$ 120,00

O batismo é uma espécie de amostra do mergulho. Não precisa ter a carteirinha de mergulhador para se aventurar no batismo. O instrutor dá algumas explicações como equalizar o ouvido para suportar a pressão, como limpar a máscara caso ela venha a embaçar e se chegar a entrar água no nariz, além de sinais de mergulho para se comunicar debaixo da água... Depois o mergulho acontece lado a lado com o instrutor. Meu batismo foi a uma profundidade de 6m e durou 15min.

Foi uma ótima experiência em Maragogi. 

Desenhos na areia que a água do mar faz na maré baixa

Na volta do passeio a Milagres conheci os paulistanos Marcos e sua esposa. Um casal muito simpático e acolhedor. Nos encontramos novamente no passeio a Maragogi, almoçamos juntos e conversamos muito mais. Agradeço muito a companhia de vocês. Super gentis, companhia enriquecedora.

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Apesar do turismo de massa, Maragogi preserva seus encantos e a cor de suas águas fascinam.

 

11º dia, 02 de março 2018: chegou a hora da despedida

Da varanda do meu quarto o por do sol parece me convidar a voltar a Maceió

Sempre que viajo fica aquela impressão que foram poucos os dias e que precisava ficar mais tempo para conhecer mais e mais. Então, quando decidi ficar dez dias inteiros em Maceió, pensei que iria enjoar mesmo. Como me enganei... dez dias foram poucos... queria ficar mais e mais... e tem muito mais para se ver e não deu tempo... voltarei com certeza para fazer outros passeios e tantas outras coisas mais...

Em Maceió eu me deslumbrei, me encantei, me apaixonei. Não é a toa que Alagoas está entre os destinos brasileiros que são comparados às belezas do Caribe. 

Apaixonada por Maceió, meu olhos brilhavam a cada paisagem, a alma se surpreendia com cenários inesquecíveis. Um desejo de ficar para sempre.

E sobre viajar sozinha digo que: TODO MUNDO DEVERIA VIAJAR SOZINHO AO MENOS UMA VEZ NA VIDA. É você fazendo companhia para você, tomando suas próprias decisões, fazendo exatamente o que quer. Medo? Que medo? Não senti isso em nenhum momento. Tudo fica mais fácil para conhecer novos lugares e fazer novas amizades. As pessoas terão mais curiosidade em conhecer você e poder ajudar. Ganhamos mais confiança e sensação de bem estar, porque você foi o único a experimentar os lugares e os acontecimentos da viagem e o mais importante: só depois de viajar sozinho perceberá que não precisa de companhia para sentir-se bem e fazer coisas interessantes. 

É possível ser feliz viajando sozinha!!! 

E tem mais Maceió em:

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