Primeiro destino foi de enoturismo, em Bento Gonçalves, onde está concentrada a grande parte de produção de vinhos. Essa foi a 3ª visitação às vinícolas no Vale dos Vinhedos. Como são muitas, é impossível conhecer as principais num dia só, por isso o retorno ao Vale sempre vale a pena.
Visitamos a Casa Valduga. A família produz vinhos desde 1875.
Área externa da vinícola
Cada visitante ganha uma taça para degustação de espumantes e vinhos, durante o tur pelas caves
Degustação de espumantes |
Cave subterrânea |
As novas linhas de vinho da Valduga: Leopoldina, Identidade e Raízes.
Quadro de Luiz Valduga, patriarca da família |
Em homenagem a matriarca, o espumante brut, que leva seu nome, Maria Valduga. |
O vinho que leva o nome do patriarca Luiz Valduga, edição limitada. |
A atuação do grupo Valduga não está somente na produção e comercialização de vinhos e espumantes, além da elaboração de cosméticos à base de uva, investem no enoturismo e na produção de cervejas especiais.
Casa onde é comercializada a cerveja artesanal, no Vale dos Vinhedos |
Os parreirais no Vale dos Vinhedos |
Porém, estávamos mais curiosos em conhecer a Vinícola Perini, localizada fora do Vale dos Vinhedos, entre Farroupilha e Caxias do Sul, numa comunidade chamada Forqueta, e vambora lá conhecer...
Loja da Vinícola Perini |
Mesmo chegando no final da tarde, fora do horário de visitação, a recepção foi das melhores possíveis, desde o simpático porteiro, a atenciosa guria da loja e a forma como fomos surpreendidos pelo dono, o senhor Benildo Perini, dizendo para nós ser apenas um "colaborador da vinícola". Modéstia a parte...
Já conhecíamos os vinhos e principalmente o espumante moscatel da Casa Perini e tivemos a honra de conhecer, receber a boas vindas e bater um bom papo com os donos da vínicola, o senhor Benildo e seu filho Franco Perini.
Claro que não poderíamos sair de lá sem uma boa lembrança do senhor Benildo e da Casa Perini. Esse crédito é para o Alencar, que não pensou duas vezes e pediu ao Benildo que deixasse uma lembrança na caixa de vinho. Uma bela mensagem!!!
Sem dúvida voltaremos à Casa Perini, que foi para nós uma surpresa do início ao fim, nos sentimos em casa, além da ótima qualidade em vinhos, espumantes e sucos de uva. Recomendo a visitação à Casa Perini, com certeza!
Seguindo o roteiro, partimos para o turismo de aventura, fomos ao Estado de Santa Catarina, em Praia Grande, fazer a trilha do Rio do Boi. Essa aventura está na página do blog em:
http://rosmarischelle.blogspot.com.br/p/blog-page_12.html
O turismo de massa (sol e praia) foi em Torres. Situada na divisa do estado do Rio Grande do Sul com Santa Catarina, é considerada a praia mais bonita do RS. De fato, tem uma peculiar beleza.
As praias são separadas por morros rochosos, que são
chamados torres, por isso o nome da cidade.
O Morro do Farol é o mais próximo da
cidade. É o ponto de voos de paraglider.
Neste morro, é possível subir de carro e se tem uma boa visão da Praia da Cal, Praia Grande e Morro do Meio.
Neste morro, é possível subir de carro e se tem uma boa visão da Praia da Cal, Praia Grande e Morro do Meio.
Morro do Farol |
Farol de Torres |
Paraglider |
Morro do Meio |
O Morro do Meio ou Morro das Furnas, por seu tamanho, é o morro mais extenso. Nele se formaram algumas grutas naturais que se chamam furnas. Fica entre a Praia da Cal e a Praia da Guarita e a trilha por cima do platô é uma ótima opção de caminhada.
Descendo pelas escadarias, é possível visualizar as
furnas, por baixo dos penhascos.
Há outras escadas ao longo da trilha que dão acesso ao mar.
O Morro da Guarita fica
entre as ultimas praias da extensão de Torres.
Praia da Guarita |
Pra quem gosta de fazer trilha e observar a paisagem, eu
indico subir em todos os morros. O do farol pode ir de carro, mas os outros é a
pé. A cidade tem outras atrações,
como passeios de barco, o balonismo e paraquedismo.
O Rio Mampituba é o ponto de partida de passeios de barco. Uma boa escolha é o passeio até a Ilha dos Lobos.
Ilha dos Lobos é a menor unidade de conservação federal do
país. Localizada a menos de dois quilômetros da costa de Torres.
Essa é a única reserva
ecológica do país onde existem lobos ou leões marinhos.
Nesse dia não avistamos lobos, apenas algumas aves marinhas.
A maré também estava alta, que permitiu visualizar fragmentos da reserva.
O barco contorna o aglomerado de rochas a uma distância permitida, sem desembarcar nenhum passageiro, uma forma de respeitar e preservar essa reserva ambiental.
Depois 40min de passeio, retornamos ao pier. |
Para ir a Cambará do Sul retornamos a Praia Grande em SC e subimos a Serra do Faxinal, entre SC e RS. Foram 38km de estrada de terra e alguns pedaços asfaltados. Um detalhe: os pequenos pedaços asfaltados estão no pé da serra, na SC-450, e a estrada de terra, 22km de pedra, pó, pertence a RS-427. É um trajeto que exige muita paciência e mesmo sendo estrada de terra há muito trânsito de ônibus, carros e motos.
O que compensa na subida da serra é a vista para o litoral e os morros.
Vista do litoral e cidade de Torres e parcial para a cidade de Praia Grande |
Em Cambará do Sul no sentimos em casa. Já visitamos em outras ocasiões e adoramos a cidade dos cânions, com seu clima agradável, belezas naturais, ótimas pousadas, restaurantes e pubs.
Porém a situação atual na cidade dos cânions não está nada fácil... tudo isso porque não houve renovação de contrato entre o Estado e o ICMBio. Com isso os funcionários do ICMBio que atendiam no Itaimbezinho e Fortaleza não estão operando mais nesses parques. Os comerciantes, donos de pousadas e todas as pessoas que vivem e investem no turismo em Cambará do Sul, estão se revezando, de segunda a segunda, para atender os turistas nos parques e não deixá-los fechar.
Vamos torcer para que tudo se resolva o mais rápido possível.
Enquanto isso, vambora até o Cânion Fortaleza, que é sem dúvida o mais imponente de todos os cânions. E ele continua lindo!
A subida é longa e o chão é de pedra... |
A subida de 50min pelo Morro Fortaleza até o seu ponto mais alto (1.157m) vale a pena, pois lá de cima, tem-se a melhor vista do cânion.
O criador e sua criatura |
Persistência! Desistir jamais! |
Lugar que merece muitas e muitas fotos.
um mini sapo no meio do caminho |
http://rosmarischelle.blogspot.com.br/p/fui-pra-la-2013.html
Quem estiver passando por Cambará do Sul, não pode deixar de conhecer a Máquina do Tempo, um pub temático dos anos 80. Possui uma carta de cervejas especiais e artesanais bem variadas, além de pratos diferenciados e bem elaborados. Sem falar no ótimo atendimento do Jonathan e da Patrícia, que auxiliam na escolha das cervejas. Ambiente muito simpático, tranquilo e acolhedor, música boa e decoração original. Frequentamos duas noites para aquele bate-papo com os proprietários e saborear as cervejas artesanais.
Faltaram noites para saborear as tantas cervejas que a Máquina do Tempo oferece.
Enquanto estávamos em Cambará do Sul, encontramos turistas de diversas partes do Brasil e estrangeiros também.
Aproveitamos que estávamos perto de São José do Ausentes e fomos conhecer. São 51km pela RS-020, mais uma RS não pavimentada.
Uma das atrações escondidas é o desnível dos rios Silveira e Divisa. Para chegar até os rios, percorremos 20km entre a cidade de São José dos Ausentes e a Fazenda Potreirinhos, onde se dá o acesso até os rios.
A estrada é muito ruim, ruim mesmo, dificulta muito o acesso dos turistas, infelizmente..., e parece não haver muita preocupação por parte dos moradores e poder público em arrumar a estrada, mesmo a Fazenda oferecendo uma pousada. Porém, o interior é bem sinalizado com placas indicativas dos cânions e outros atrativos.
Belezas dos Campos de Cima da Serra
Antes de ir à Fazenda é importante entrar em contato com os donos.
Por dentro da fazenda a caminhada é tranquila. Para poder visualizar os rios é necessário atravessar um deles. Quando se chega no topo de uma colina surgem nos nossos olhos o desnível perfeito dos dois rios.
É mais uma das atrações escondidas neste paraíso natural. Os rios Divisa e Silveira correm em paralelo com uma diferença de 18 metros de altura. Após fortes chuvas as águas de um dos rios transbordam e chegam ao outro leito em forma de corredeiras.
O local é uma curiosa situação, onde dois rios são separados por uma rocha. Logo abaixo eles se juntam num só.
Lugar para quem curte a vida e a tranquilidade do campo.
Os Campos de Cima da Serra, também chamado de Aparados da Serra, tem essa paisagem da grama verde contrastando com o céu azul, um efeito lindo!
Há um potencial enorme na região dos cânions, atrativos que parecem escondidos, porém lindos.
Infelizmente em alguns lugares percebemos a falta de incentivos, falta de atenção e vontade política dos governantes, como o caso atual de Cambará do Sul e seus acessos às cidades vizinhas, que também oferecem encantos turísticos.
Nosso tur pelo RS foi feito sem pressa, curtindo os dias, lugares, natureza e harmonizando interiormente.
Conhecemos muitas pessoas bacanas que acrescentaram bons momentos na nossa viagem, como os proprietários da Vinícola Perini; a Patrícia e o Jonathan da Máquina do Tempo em Cambará do Sul; os donos de pousadas nas cidades que ficamos hospedados; os guias Deivid e NIlton na Trilha do Rio do Boi em Praia Grande... enfim, foram dias tranquilos, um tempo "fora da realidade" e energizante.
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